sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Forrest Gump


Ano: 1994
Realizador: Robert Zemeckis
Actores: Tom Hanks, Robin Wright Penn, Gary Sinise, Mykelti Williamson, Sally Field, Haley Joel Osment
Género: Drama, Comédia

Sinopse:
Através de três turbulentas décadas, Forrest cavalga numa cadeia de eventos que o leva de uma incapacidade física até ao estrelado no futebol, de herói do Vietnam a empresário de pesca de camarão, de honras na Casa Branca aos braços do seu verdadeiro amor. Forrest é o símbolo de uma era, um inocente à solta numa América que está a perder a sua inocência. O seu coração sabe o que o seu limitado QI não consegue saber. O seu compasso moral nunca balança. Os seus triunfos tornam-se numa inspiração para todos nós. "Forrest Gump" é a história de uma vida.

Critica:

"Forrest Gump", não há muito a dizer sobre este filme, é um daqueles filmes que podem ser resumidos a um simples palavra, Brilhante, Inspirador, Espectacular, etc.
"Forrest, Forrest Gump" é uma personagem que, desde muito cedo, cria uma empatia pelo público em geral. Talvez, para os mais desatentos, por ser um coitadinho ou por apresentar baixos niveis de inteligência mas, com certeza, que não foram essas as razões pelas quais levaram Forrest Gump, a personagem, a tornar-se um ídolo. Para mim, a razão que nos faz amantes daquela da personagem, e consequentemente de todo filme, é o facto de nos inspirar e de dar-nos esperança. Não é preciso ser nenhum Einstein ou nenhum Aristoteles para sermos alguém na nossa vida, o que é preciso é ser como "Forrest Gump", "Não devemos acrescentar dias na nossa vida, mas vida nos nossos dias"... Ele era alguém que de livros nada ou pouco sabia, mas compensava-o privilegiando sempre os sentimentos à razão, fruto do seu enorme coração.
Pensem bem, como é que é possivel alguém, "sem" inteligência, ser um estrela de futebol americano, ser um herói da guerra do Vietname, ser um bem-sucedido empresário de
camarões, ser um pai de familia, fruto de um platónico romance, e ser, ao mesmo tempo, uma esperança para um povo? Bem senão visse o filme, diria que era impossível, mas é nisto em que se centra o filme: "nada é impossivel" e é nisto em que devemos acreditar.
No meu ponto de vista, é como Forrest Gump que Tom Hanks atinge o "climax" da sua recheada e rica carreira. Há quem diga que fazer de maluco é fácil, mas Tom Hanks é muito mais do que isso, ele é simplesmente brilhante. Outro cineasta, que se mostrou como um dos melhores realizadores da sua geração foi Robert Zemeckis, ele conseguiu fazer um filme "maior" do que ele próprio. Quando se fala de Robert Zemeckis é, impossivel, não falar de Forrest Gump, o que não se sucede ao contrário.
Concluindo, este filme é um dos que mais contribuíram, a todos os níveis, para que o ano de 94 seja o ano de ouro do cinema.

Nota: 4,5 / 5

terça-feira, 4 de novembro de 2008

"Woody Allen acusado de plágio em «Vicky Cristina Barcelona»

"O escritor catalão Alexis de Villar acusa o realizador Woody Allen de ter plagiado uma obra sua com o seu mais recente filme, «Vicky Cristina Barcelona», noticia o jornal «20 Minutos».

«Vicky Cristina Barcelona é um mau filme a 100 por cento e foi baseada no meu livro 'Goodbye, Barcelona (1987)', que foi plagiado descaradamente», afirmou Alexis de Villar ao site de cinema ¡Que alucine!.

O escritor sustenta que a sua obra está registada no Ministério da Cultura desde 1987 e que esteve, inclusive, entre os livros finalistas do prémio planeta desse ano.

«Tenho direito a queixar-me e para isso tenho a Internet, que dá voz aos silenciados pelo sistema monocórdico imperante. Jamais me vou calar, sobretudo pela minha dignidade», acrescentou."

fonte : iol.pt

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"Ensaio sobre a cegueira" provoca polémica



"O filme «Ensaio sobre a cegueira», de Fernando Meirelles, estreia na sexta-feira nos Estados Unidos, mas está já a causar polémica entre os invisuais, que se queixam da imagem que é passada sobre os cegos, escreva a Lusa.

A Federação Nacional dos Invisuais dos Estados Unidos está a preparar um protesto contra o filme, que se baseia num romance de José Saramago, e que estreará em 75 salas de cinema em pelo menos 21 estados norte-americanos.

Citado pela Associated Press, o presidente da Federação Nacional dos Invisuais, Marc Maurer, afirmou terça-feira que a cegueira não é uma «alegoria muito inteligente para falar sobre o colapso da sociedade».

«O filme retrata as pessoas cegas como monstros e isso é mentira. A cegueira não transforma pessoas decentes em monstros», indignou-se Marc Maurer.

A federação está a planear protestos junto dos cinemas, com o recurso a cartazes, onde estará escrito «Não sou actor, mas na vida real eu sou uma pessoa cega».

A história de «Ensaio sobre a cegueira» é sobre uma estranha epidemia de cegueira branca que gera o caos no seio de uma comunidade, o instinto de sobrevivência a sobrepôr-se à civilização.

O filme, que conta com a interpretação de Julianne Moore, Mark Ruffalo, Danny Glover e Gael García Bernal, teve antestreia mundial em Maio, na abertura do Festival de Cinema de Cannes."

Fonte : iol.pt

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Nunca é tarde

Morgan Freeman e Jack Nichoslon mostram como a amizade pode mudar uma vida

O executivo multi-milionário Edward Cole (Jack Nicholson) e o mecânico da classe operária Carter Chambers (Morgan Freeman) vivem em mundos muito diferentes. Numa reviravolta do destino, os seus destinos cruzam-se num quarto de hospital e descobrem que têm duas coisas em comum: um desejo de gastar o tempo que lhes resta a fazer tudo aquilo que sempre desejaram e uma necessidade inconsciente de se aceitar tal como são.
Juntos embarcam numa viagem única, tornando-se amigos e aprendendo a viver a vida no seu melhor, com sensatez e humor.
Cada uma das aventuras elimina uma das alíneas da lista.

O que me chamou a atenção neste filme foi o elenco. Morgan Freeman e Jack Nicholson, dois "monstros" da representação a contracenar juntos. Tinha-o em lista de espera há uns meses e hoje decidi ver. Posso afirmar que The Bucket List não é um filme original. São aos pontapés os filmes do mesmo género. Mas ainda assim consegue agradar e mexer com as emoções da plateia.
As interpretações são óptimas e acredito que sem estes dois pesos pesados o filme seria banalíssimo. Existe uma diferença de perspectivas entre as duas personagens, estranhos no início mas grandes amigos no fim, que dá um belo sentido ao filme. Carter é a pessoa responsável, com uma incrível sabedoria e fé, amargurada e até arrependida de não ter feito certas coisas na vida. Edward é muito mais rebelde e irreverente, mas não possui felicidade dentro de si. Salta á vista imediatamente uma mensagem: o dinheiro não compra felicidade.

Nunca é tarde demais pode servir de lição de vida para alguns, acredito. Pode fazer reflectir algumas pessoas na vida que levam, ou que gostariam de levar. Para mim tornou-se num bom filme que gostei de ver. Nada de extraordinário, mas existem bem piores. Uma boa história sobre amizade, amor, felicidade. Ninguém deve morrer sozinho, muito menos sem felicidade na vida... Enfim, um "carpe-diem", pode-se dizer.

Nota: 7/10

Find the joy in your life, Edward.
My dear friend, close your eyes and let the waters take you home.

Crítica: À Prova de Morte




Ano:2007
Título original:
Death Proof
Realização:Quentin Tarantino
Elenco:
Kurt Russell; Rosario Dawson; Vanessa Ferlito; Jordan Ladd; Rose McGowan; Sydney Tamiia Poitier; Tracie Thoms; Mary Elizabeth Winstead; Zoe Bell; Quentin Tarantino Argumento:Quentin Tarantino
Produção:
Bob Weinstein; Harvey Weinstein


Sinopse:

Para Jungle Julia (Poitier), Shanna (Ladd) e Arlene (Ferlito), a noite oferece uma oportunidade de libertação. Mas a poucos metros, olhando-as de forma pouco inocente a partir do seu carro, está Stuntman Mike (Russell). E é no seu Dodge Charger, modificado para suportar até as mais extremas colisões, que este psicopata gosta de terminar com a vida de belas raparigas que viajam a seu lado...


Crítica (iol.pt):

" O melhor filme de Tarantino. Adoráveis e comoventes são todas as personagens femininas deste filme, num casting extraordinário, representadas por actrizes que não correspondem aos protótipos da beleza, mas que se sente serem de carne e osso. E este filme só pode ter essa medida: carne e osso.

Na primeira parte, Jungle Julia (Sydney Tamiia Poitier), terrivelmente sexy e dominadora: just think, play your cards right, you ll be sucking his dick within hours. Arlene (Vanessa Ferlito), ingénua e desprendida: if you don't bust their balls a little bit, they never gonna respect ya . Shanna (Jordan Ladd), menos expressiva, mas cuja presença se sente sempre: y all are getting me hot. Na segunda parte, Kim (Tracie Thoms), de uma vivacidade extraordinária, 100% ligada a cada gesto: you crack my back, you give me foot massages, and after a shower, you put moisturizer on my butt. Lee (Mary Elizabeth Winstead), boneca de olhar cintilante: we made out in the hall for about tem minutes, then I sent him off to his room. Abernathy (Rosario Dawson), a das grandes deduções: if you fuck Cecil, you don't become one of his girlsfriends, not to say I want to be his girlfriend, if I fucked him, I wouldn't be his girlfriend, I'd be one of his regulars. Zoë (Zoë Bell, actual companheira de Tarantino), uma duplo fazendo de si mesma, o seu rosto adoravelmente dividido pelo nariz, a sua mímica, o seu representar, o seu carácter, suscitando uma particular ternura: I'll be your back cracking slave, just say, bitch, git over here and get busy.

Mas há também o animal que sobre elas vai cair a 200 à hora: Stuntman Mike (Kurt Russel), lobo solitário e fora de época, desviando e vingando a sua virilidade.

Death Proof é um filme maravilhoso. É um filme é sobre os duplos do cinema e sobre o espectador enquanto duplo do filme.

A partir de Kill Bill, e com este Death Proof, Tarantino começa a trabalhar, mais do que os filmes, o cinema. São filmes que têm como referência a história das imagens, a contaminação dos meios (banda desenhada, televisão, cinema) e a sua relação com a experiência e o tempo daqueles que recebem as imagens. E em primeiro lugar, evidentemente, com a experiência de Tarantino, que passou a sua infância e adolescência a ver filmes e séries de kung fu e western spaghetti, tendo tido também experiências de recepção ligadas à especialização de determinadas salas populares de cinema, nelas se incluindo as condições da película projectada (a sua cor, os riscos, os saltos, os cortes). Algo disso passa para este filme e a questão é: como tirar disso o melhor para o fazer aparecer de outra maneira para aqueles que não viram essas imagens no seu tempo, nem passaram pela experiência?

Death Proof constitui uma resposta a esta pergunta. Não estamos nos anos 70 no filme, mas é como se estivéssemos ligados às imagens desse tempo do cinema e à relação enérgica com a vida que elas tinham e que neste filme reaparece enquanto vida possível.

Trata-se de um cinema feito à medida do homem, cheio de humor, comovente por vezes, e cheio dos calafrios que o cinema pode proporcionar. É essa a grande força dos filmes de Tarantino, é essa a grande força de Death Proof, que trabalha com arquétipos do cinema como a vertigem da velocidade ligada às perseguições de carros e a conduta (e mente) de seres e personagens fora do mundo e porém pertencendo profundamente a este mundo, vivendo-o com humor e com ironia. Tal como um Stuntman pode ser e estar em relação aos filmes: um Stuntman está fora do filme, mas pertence profundamente ao filme e acaba por viver, por dentro, outra relação com o filme, feita de humor e de ironia.

Death Proof é um filme sobre stunts, sobre os duplos, e não são poucos os espectadores que confundem as segundas raparigas com as primeiras. Um cinema cuja energia vem do seu interior, captando aquilo que está de fora. "

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Prémios "National Movie Awards"

O musical Mamma Mia! foi o grande vencedor dos National Movie Awards, que se realizou em Londres.

Segundo a revista Time, o filme inspirado nos Abba venceu nas categorias de Melhor Musical e Melhor Actriz (Meryl Streep).

«O Cavaleiro das Trevas» foi considerado o Melhor Filme de Super-heróis batendo a forte concorrência de «Homem de Ferro», «Hancock» e «O Incrível Hulk».

«Juno» recebeu o prémio de Melhor Filme de Comédio, enquanto que Wall.E foi nomeado o Melhor Filme de Família.

Johnny Depp recebeu o prémio de Melhor Actor, deixando para trás Pierce Brosnan (Mamma Mia!), Harrison Ford (Indiana Jones) e Christian Bale (O Cavaleiro das Trevas).

O evento deu a possibilidade aos fãs de votarem durante 12 meses nos seus filmes e actores favoritos.

A cerimónia, que se realizou Royal Festival Hall, de Londres, vai ser emitida esta terça-feira no canal ITV1.

Prémios

Super-heróis: O cavaleiro das Trevas
Musical: Mamma Mia!
Acção/Aventura: Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
Comédia: Juno
Família: Wall-E
Melhor Actor: Johnny Depp
Melhor Actriz: Meryl Streep


Fonte: www.iol.pt

MOTELx supera expectativas ao atingir os 6500 espectadores




"A segunda edição do MOTELx - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, que teve lugar no Cinema São Jorge, entre 3 e 7 de Setembro, cativou cerca de 6500 pessoas.

Estes números correspondem a um aumento de 30 por cento de espectadores face à primeira edição do festival, tendo esgotado nove sessões.

O convidado homenageado na secção «Culto dos Mestres Vivos» foi José Mojica Marins, que esteve em Lisboa onde além de apresentar os seus filmes, deu um workshop, juntamente com a sua filha Liz Marins, e uma masterclass.

O regresso do coveiro mais famoso do Brasil ¿ Zé do Caixão - em «Encarnação do Demônio» esgotou a sala principal do Cinema São Jorge, onde mais de 800 pessoas assistiram ao filme, levando a organização a agendar uma projecção extra, também esta com lotação esgotada.

Outra aposta ganha desta edição do MOTELx foi a nova secção dedicada aos mais jovens "LOBO MAU" com actividades pluridisciplinares para três escalões etários distintos.

Os filmes de abertura - «Doomsday», de Neil Marshall - e de encerramento - «Teeth», de Mitchell Lichenstein ¿ foram mais dois dos momentos altos desta edição, com sala cheia, bem como as sessões da meia-noite, na sexta-feira e no sábado.

O MOTELx regressa no primeiro fim de semana de Setembro de 2009."